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Sex toys x sexo desprotegido: o que é realmente mais arriscado?

Sex toys x sexo desprotegido: o que é realmente mais arriscado?

Em um país em que a educação sexual é vista como política de gênero, não é difícil de entender porque tantas perguntas rondam a nossa cabeça quando o tema é saúde sexual. E um temas mais polêmicos sobre o uso de toys é: compartilhar, ou não compartilhar? Dividir um toy com outra pessoa é inseguro? Quais os limites pra isso?

Spoiler: O perigo não está nos sex toys em si, e sim em qualquer interação sexual sem barreiras e sem higiene. Em termos de risco, pênis sem camisinha é muito mais perigoso que um toy limpo — e a penetração anal é mais sensível pelo maior risco de fissuras. Mas vamos por partes ;)

Riscos por ato: o que é mais perigoso (sem barreira)

As evidências apontam que, sem camisinha, o maior risco de IST está na relação anal receptiva, seguida da relação vaginal. Sex toys limpos e/ou com barreira entram em categoria de baixo risco quando comparados a contato mucosa-mucosa desprotegido.

Escala prática (maior → menor)

  1. Pênis sem camisinha (anal > vaginal)
  2. Dedos sem luva trocando de orifício
  3. Sex toy compartilhado sem barreira/limpeza
  4. Sex toy com barreira + higienizado

Por que o ânus é mais sensível? A mucosa retal é fina e pouco lubrificada, com maior chance de microfissuras, facilitando a entrada de patógenos. Lubrificante + camisinha fazem enorme diferença.

O pior cenário com toys (na mesma sessão)

O mais arriscado é compartilhar o mesmo toy durante a mesma relação, sem lavar nem trocar a barreira entre pessoas — ou mudar de ânus → vagina sem troca completa. Aqui os fluidos estão frescos e a transferência é direta.

Muitos vírus morrem em ~24h (a secagem reduz viabilidade do HIV rapidamente), HSV (Herpes Simples) pode persistir por horas em plástico, já o HPV (Papilomavírus Humano) foi detectado em vibradores logo após o uso e até 24h (detecção ≠ vírus viável), e HBV (Hepatite B) é resistente (pode seguir infeccioso por ≥7 dias). Por isso a higiene continua crucial.

Materiais body-safe (o que a Climaxxx usa)

Trabalhamos apenas com materiais não porosos e estáveis, fáceis de limpar:

(da esquerda para a direita: vidro borossilicato, silicone e aço inox).

  • Silicone de grau médico (ensaios de biocompatibilidade, ISO 10993)
  • ABS rígido
  • Aço inox 316/316L
  • Vidro borossilicato

Esse padrão reduz acúmulo de resíduos e facilita protocolos de higienização pós-uso.

Materiais a evitar (e por quê)

Atenção com materiais que podem ser porosos e/ou conter aditivos em produtos baratos, dificultando a desinfecção e aumentando a retenção de resíduos:

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(Jelly: o material mais inseguro de todos)

  • “Jelly” / PVC macio (geralmente com plastificantes)
  • TPE/TPR (elastômeros porosos)

Se optar por usar, prefira barreira quando houver compartilhamento e evite troca de orifício sem troca completa.

Por que o jelly é inseguro para o corpo?

O “jelly” é um material feito geralmente de PVC (policloreto de vinila) misturado com plastificantes (como ftalatos) para deixá-lo mole e flexível. O problema é que esses plastificantes não ficam estáveis no material: eles podem se desprender com o tempo e migrar para o corpo durante o uso. Isso representa riscos sérios:

  • Toxicidade química: muitos ftalatos presentes no jelly estão associados a efeitos no sistema endócrino, fertilidade e até maior risco de câncer segundo estudos toxicológicos (ex.: CDC, 2005; European Chemicals Agency).

  • Alergias e irritações: o jelly pode liberar cheiros fortes (característico de plástico) e causar reações alérgicas, irritação vaginal/anal ou dermatite.

  • Porosidade: o jelly é um material poroso, ou seja, tem microfuros onde bactérias e fungos se acumulam mesmo após a higienização. Isso aumenta muito o risco de infecções vaginais, urinárias e anais.

  • Degradação rápida: com o uso, o material tende a ficar pegajoso, opaco ou com rachaduras, liberando ainda mais substâncias nocivas.

Lubrificantes: aliados da segurança

  • Com camisinha de látex, use lubes à base de água ou silicone.
  • Óleo degrada o látex — não use.
  • Em anal, use muito lubrificante para reduzir fissuras e quebra de camisinha.
  • Evite N-9 (nonoxinol-9) — pode irritar e não previne IST.

Higiene que funciona

  • Lave com água morna + sabão entre pessoas e entre orifícios.
  • Troque a camisinha/capa do toy a cada pessoa e a cada orifício.
  • Em eletrônicos, use pano úmido e evite imersão.
  • Vacinas em dia (hepatite A/B) e testagem regular ajudam a mitigar riscos que não dependem só de higiene.

Dedos x toys: paralelo honesto

Dedos têm risco baixo, mas não zero: podem transportar secreções entre orifícios e causar microlesões se as unhas estiverem longas. Boas práticas: mãos limpas, unhas curtas, considerar luva/finger cot e trocar ao mudar de orifício/parceire.

Checklist Climaxxx (salva-vidas rápido)

  • Camisinha no toy e troca a cada pessoa/orifício.
  • Água + sabão entre usos; tempo + secagem ajudam a reduzir viabilidade.
  • Anal = mais sensível → muito lube + camisinha do começo ao fim.
  • Evite rota ânus → vagina sem troca completa.
  • Se houver sangue/feridinhas/menstruação, redobre barreira — ou não compartilhe.
  • Leia o guia completo no blog: Guia Climaxxx.

FAQ

HIV passa por sex toy?

Com toy limpo e/ou com camisinha, o risco é muito baixo. O maior risco está no sexo sem camisinha, especialmente o anal.

“Se muitos vírus morrem em 24h, posso relaxar?”

Depende do patógeno. HIV perde viabilidade rápido; HSV pode durar horas; HPV já foi detectado em toys até 24h (detecção ≠ infectividade); HBV é o mais resistente (pode ficar infeccioso por ≥7 dias). Higienize sempre e use barreira ao compartilhar.

Posso usar óleo como lubrificante com látex?

Não. Óleo degrada o látex e aumenta risco de ruptura. Prefira lubes à base de água ou silicone.

Referências

  1. Patel P, et al. AIDS (2014) — estimativas de risco por ato (anal > vaginal).
  2. CDC — HIV não sobrevive bem fora do corpo; sexo anal tem risco mais alto sem barreira.
  3. NHS / Planned Parenthood — lavar entre usos e trocar camisinha em sex toys.
  4. Anderson TA, et al. (2014) — HPV detectado em vibradores pós-uso e até 24h.
  5. Nerurkar LS, et al. JAMA (1983) — sobrevida do HSV em superfícies/água.
  6. CDC — HBV pode seguir infeccioso por ≥7 dias em superfícies.
  7. CDC / WHO / UNFPA — lubrificantes seguros; N-9 não recomendado; evitar óleo com látex.
  8. Relatórios regulatórios e revisões — porosidade e aditivos em jelly/PVC macio e TPE/TPR.

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